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Pesquisa resgata história do movimento quilombola do rio Andirá



Com o objetivo de analisar as relações entre os processos de construção da identidade étnica e territorialidades quilombolas, assim como identificar os mecanismos e as formas de conhecimentos criados, mobilizados e que marcam as trajetórias de cinco comunidades no processo de construção da nova identidade étnica quilombola e, também, de verificar como essa construção da identidade coletiva indica caminhos para o processo de territorialidade quilombola e perceber como esses processos da identidade e das territorialidades quilombolas são apropriados pelos grupos sociais das comunidades, o doutorando João Marinho da Rocha, defendeu, pelo Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA), sexta-feira, 26, no auditório do Rio Solimões do IFCHS a sua defesa de tese “Das sementes ao troncos : história e memória do movimento quilombola do rio Andirá”.


Segundo o doutorando, o estudo apresentado se constitui a partir de perspectivas interdisciplinares, que visa dialogar com metodologia da historia oral que investiga os processos socioculturais construídos no âmbito do MSQA, na qual, aponta para a construção da identidade étnica e territorialidades específicas na fronteira do Amazonas com o Pará, analisando a história e a memória de cinco comunidades á partir dos últimos quinze anos, na maneira de como passaram a construir os processos de conhecimentos sobre si, requalificando-se como quilombolas.


A pesquisa, diz o pesquisador, foi norteada por questões norteadoras marcados por intencionalidade e reconstrução de utilização de variados mecanismos e espaços, pensados para indicar processos identitários e territorialidade quilombolas, também, no reconhecimento de há conflitos no processo de construção, enquadramentos e institucionalização das memórias e dos caminhos que apontam para a nova identidade étnica e a relação entre os processos de construção da identidade étnica e a territorialidade nos quilombos do Andirá.


A sua estrutura foi dividida em três sessões. A primeira, “Cenários e Direitos”, diz respeito a processos socioculturais e ações políticas do movimento quilombola do Andirá por diferenciação étnica. A segunda, “Foi à memória das pessoas que fez nos ser reconhecidos”, fala da presença negra na Amazônia, a sua historiografia, local e regional, e abordagens em seus modelos políticos econômicos da presença negra. E , por último, na terceira sessão, “Quando eu não sabia, ia procurar saber”, relata as realidades sociais, os caminhos para acessar os dispositivos legais, a produção das memórias e a sua materialização nos espaços socioculturais.



Em sua finalização, o doutorando conclui que há relações extremadas entre os processos de construção da identidade étnica e a territorialidade quilombola no Andirá , comprovados por inúmeros elementos físicos e imateriais que informam das territorialidades naqueles espaços qualificados como sócio e historicamente como quilombolas.


A Banca Examinadora foi formada pelo seguinte corpo docente: professora Marilene Corrêa da Silva Freitas (presidente), professora Renilda Aparecida Costa (membro), professora Maria Magela de Andrade Rancearo (membro), professor João Siqueira ( membro) e pelo professor Júlio Claudio da Silva (membro).



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