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IV Seminário de Pós-Graduação em História da UFAM



O Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) realizou na quarta-feira, 28, às 18h30, no auditório Rio Negro do IFCHS, a abertura do lV Seminário de Pós-Graduação em História da UFAM. O evento, que faz parte de uma agenda temática de avaliação do Programa recomendado pela CAPES, contou com a presença significativa de professores e alunos de graduação e pós-graduação do curso de História.



A mesa de abertura foi composta pelo diretor do IFCHS, professor Raimundo Nonato Pereira, pela professora Patrícia Maria Melo Sampaio e pela professora Márcia Eliane Alves de Souza e Mello.


Em sua fala, o professor Raimundo Nonato fez um rápido balanço dos eventos do curso de História no Instituto, parabenizando o Departamento por ser um dos cursos mais atuantes entre os cursos do Instituto, que procura sempre agregar em suas realizações parcerias com outras instituições, principalmente, nesses momentos que estamos vivendo.


Fez questão de ressaltar, ainda, a participação dos alunos no Congresso de Iniciação Científica (CONIC), e a aprovação do curso de doutorado em História. ”A notícia da aprovação fecha institucionalmente um ciclo de um compromisso assumido por vocês quando foram alunas de História. E, Acompanhando a trajetória brilhante das colegas do Departamento, percebo que o projeto se encerra como um presente para nós. Presente, também, de melhor para colegas que já saíram, estão saindo e as colegas que estão no interior para manter o espaço do doutorado”, declarou.


Encerrou, incentivando a todos a levar o projeto como uma missão apesar da labuta, do dia a dia, mesmo diante das incertezas e condições adversas, ressaltando que “nós ganhamos um presente e que cada um vai levar uma parte dele que é um projeto de vida”.


Para professora Patrícia, hoje têm muito a que se celebrar, pois, após doze anos de curso e esforço, chegou-se até aqui com esse seminário comemorando um fechamento completo de curso. ”Nós temos um curso de História regular dois cursos de pó-graduação, sendo um de especialização e outro de mestrado consolidado, e agora, finalmente a aprovação de nosso doutorado tão esperado”, disse a professora.


Segundo a professora, o seminário é um momento em que se tem para apresentar a sociedade o que se vem fazendo, compartilhando os resultados de pesquisa, incorporando, ao mesmo tempo, os trabalhos dos graduados recentes com a pós-graduação, permitindo um novo patamar nos debates. “Esse seminário foi realizado na mais absoluta adversidade pela conjuntura brasileira. Pra nós historiadores, o cenário é ainda mais sombrio, porque nós estamos assistindo um processo sistemático de desqualificação de nossas atividades profissionais, de nossa fala, ao ponto de chegar mesmo a de criminalização de nosso fazer como historiadores e professores”, declarou.


Finalizou, convocando a todos a resistir o desmonte que ameaça. “O nosso lugar é de resistir bravamente e incondicionalmente. Esse seminário é a nossa manifestação inequívoca que nós não vamos arredar o pé, não vamos ceder um milímetro. Somos nós responsáveis pela memória, pela produção e conhecimento histórico, pela formação de professores de história. Somos nós responsáveis por tudo isso. O nosso lugar, nossa tarefa mais urgente é não deixar esquecer e nós não vamos fazer isso”


A conferência de abertura, com o tema “O Conselho Ultramarino” foi proferida pela professora Associada no Departamento de História da Universidade Federal Fluminense, Maria Fernanda Baptista Bicalho.


Sobre o tema, a historiadora disse que O Conselho, instituído logo após à Restauração Portuguesa do poderio espanhol (União Ibérica 1580-1640), pode ser considerado como uma espécie de Tribunal Régio de caráter consultivo, administrativo e deliberativo português. Sua criação está relacionada ao fortalecimento dos Estados Absolutistas e se caracteriza por seu alto nível burocrático – característica administrativa fundamental de impérios ultramarinos que intentavam manter uma complexa rede administrativa com suas colônias.


Sobre a professora Maria Fernanda Bicalho


Licenciada em História pela PUC-RJ (1981), mestre em Antropologia Social pelo Museu Nacional-UFRJ (1988), doutora em História Social pela FFLCH-USP (1997), fez pós-doutorado no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (em 2007 e, novamente, em 2013/2014). Professora Associada no Departamento de História da Universidade Federal Fluminense, foi Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História entre 2010 e 2013. Desde 2009 atua como Professora Visitante na Université de Provence (Aix-en-Provence). Em 2014 foi Professora Visitante na École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris. Atua igualmente como Professora associada ao Programa de Doutoramento em Patrimônios de Influência Portuguesa, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É bolsista de Produtividade do CNPq desde 2001, e possui bolsa Cientista do Nosso Estado-FAPERJ (2012-2014 e 2015-2017). Participa de inúmeras redes de pesquisa, nacionais e internacionais. Orientou e orienta teses de doutorado e dissertações de mestrado sobre temas relacionados à História do Brasil Colonial, História Moderna e História Ibérica. Atua principalmente na área da História política, desenvolvendo trabalhos e ministrando cursos sobre redes de poder e administração no império português; poderes, instituições e elites na monarquia portuguesa e em seus domínios ultramarinos. Tem experiência na área de História urbana e do urbanismo, sobretudo no que se refere ao Rio de Janeiro entre os séculos XVI e XIX.


As atividades do seminário ocorrerão até sexta-feira, 30, com palestras e debates em diversos locais do campus universitário.


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