Aprovado doutorado em Geografia: publicação do edital está prevista para março/2019
A coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) aprovou na última sexta-feira, 5 de outubro, o novo curso de doutorado proposto pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Amazonas (PPGG/Ufam), com edital em construção, cujo lançamento está previsto para março de 2019. A nota 5 é a máxima na avaliação de cursos recém-criados e este recebeu nota 4.
“É o primeiro curso de doutorado em Geografia do estado do Amazonas”, comemora a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação, professora Selma Baçal. A gestora acrescentou ser o terceiro doutorado nesta área científica em toda a região Norte, com iniciativa antecedida pelas universidades federais do Pará (UFPA) e de Rondônia (Unir). “A Ufam se junta a essas instituições para fortalecer a pesquisa nortista”, declarou.
Aprovação pode facilitar a mobilidade
Receber aprovações da Capes é crucial para a inserção de novos cursos em universidades públicas, sejam eles de graduação ou de pós-graduação. Conforme afirma uma das administradoras da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propesp), Márcia Pires, a ausência do aval positivo da Coordenação implica na restrição da validade do curso, que deixa de estender-se ao território nacional. “Na prática, é possível que um novo curso seja instalado sem o consentimento da Capes, porém só teria validade no mesmo estado e o concluinte ficaria ‘preso’ em um só lugar, pois a formação não seria reconhecida nas demais localidades brasileiras”, esclareceu.
Ciência e meio ambiente
Atualmente, o PPGG possui um curso de mestrado acadêmico em funcionamento há dez anos, com estrutura curricular voltada a pesquisar espaços amazônicos e contextualizá-los. A necessidade de ampliar os níveis de capacitação do corpo docente e, como consequência imediata, aprimorar a qualidade do ensino ministrado aos graduandos não foram as únicas motivações para encaminhar solicitações à Capes. De acordo com o coordenador do PPGG, professor Ricardo Nogueira, trata-se da gênese de uma cadeia estratégica que objetiva assegurar ações do Estado direcionadas à preservação ambiental e ao desenvolvimento regional.
“A relevância [da implementação de um novo doutorado] está associada à preparação de pesquisadores e professores que possam contribuir com a formulação de políticas públicas e resolução de problemas ligados ao desenvolvimento territorial, preservação e conservação dos recursos naturais da Amazônia”, justificou ele, ao informar que, inicialmente, o colegiado será composto por oito docentes e as vagas totais disponibilizadas anualmente serão também oito (uma vaga por orientador em exercício).
Ainda segundo Nogueira, existem fatores decisivos para possibilitar o resultado satisfatório obtido, como “a produção intelectual de docentes e discentes; o tempo médio das defesas no mestrado; a proposta de pesquisa avançada na Região e de pesquisadores altamente qualificados”, todos contemplados pelo PPGG, o que culminou na aprovação.
Abrangente, mas sem fugir dos focos da Geografia amazônica, o doutorado terá duas linhas de pesquisa. ‘Domínios da natureza na Amazônia’ e ‘Espaço, território e cultura na Amazônia’ tendem a gerar expectativas nos que serão beneficiados direta ou indiretamente com a produção de conhecimento científico.
Quer saber quais são os trâmites e pré-requisitos para criar um curso? Este link discorre sobre Aplicativos de Propostas de Cursos Novos (APCN). Fonte: Ascom