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Pesquisa aborda prostituição na Orla da Francesa em Parintins




Por meio do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA), a mestranda Cristiana Andrade Butel, defendeu, nesta quinta-feira, 13, às 9h, no Miniaudiório do IFCHS, a sua pesquisa de dissertação, sobre o tema “Prostituição de Mulheres em área de bar da Orla da Francesa em Parintins”.


Segundo a pesquisadora, o objetivo da pesquisa foi de compreender a prostituição de mulheres em áreas de bar da Orla da Francesa e, especificamente, elaborar o perfil das mulheres em situação de prostituição que atuam na Orla, ainda, de compreender como essas mulheres percebem o amor, a sexualidade, a afetividade e as relações de poder na prostituição, além de procurar conhecer quais os impactos que essa atividade pode causar na vida dessas mulheres.


Como metodologia, foi utilizada a pesquisa bibliográfica, os arquivos de jornais, a história oral e a pesquisa de campo. Para a coleta de dados, utilizou-se entrevista semiestruturada, observação participante e diário de campo, com o propósito de identificar às causas e motivos que fizeram essas mulheres recorrer a prostituição e que impactos essas atividades têm causado na vida dessas mulheres. Adotou-se para esse estudo, uma abordagem de cunho qualitativo e etnográfico.


Em seu desenvolvimento, a pesquisa se desdobrou em três capítulos. No primeiro, a pesquisa retrata a prostituição no município em seu contexto histórico e social, a exploração e o turismo sexual. O segundo traça o perfil das mulheres que se prostituem na Orla, com seus depoimentos de vida. Aborda também, a afetividade, o amor, sexo e suas relações de poder dentro da atividade. E, no terceiro capitulo, a prostituição como atividade de risco, seja físico, doenças, vícios de álcool e outras drogas.


Em suas considerações finais, a mestranda verificou que às mulheres pesquisadas vivem sob forte repressão e estigmatizarão. Mostrou ,também, que elas almejam sonhos, desejos, sentimentos e projetos de vida de casamento, família e casa própria. Na questão sexualidade, elas demonstram uma alta estima, no sentido de valorizar o que vendem. Sabem separar relacionamentos afetivos dos comerciais e as utilizam de maneiras hierarquizadas quanto ao uso do corpo. Por último, aponta para a vulnerabilidade que essas mulheres se encontram para os riscos da saúde física e mental.



A Banca Examinadora teve à seguinte composição:


. Professor Odenei de Souza Ribeiro (presidente),


. Professor Júlio Cláudio da Silva (membro),


. Professor Gláucio Campos Gomes de Matos (membro)





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