Pesquisa levanta problemas de aglomerados urbano em Manaus
Com o título “Doenças e desigualdades sociais em aglomerados subnormais do bairro da Redenção – Manaus(AM)”, a mestranda Jessyca Mikaelly Benchimol de Andrade, defendeu na ultima quinta-feira, 10, na Sala de Audiovisual do Departamento de Geografia, sua defesa de dissertação pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGG), com o objetivo de analisar as possíveis correlações entre aglomerados subnormais, doenças e desigualdades sociais e, especificamente, delimitar os setores censitários do bairro da Redenção, que possuem aglomerados subnormais, classificar a quantidade de setores aglomerados subnormais e correlacionar os dados dos setores censitários que possuem aglomerados subnormais com os dados de doenças.
A pesquisadora informa que a maior parte das formas de ocupação em Manaus, classificadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), censo (2010), como aglomerados subnormais, estão localizadas em regiões de fundo de vale e próximas a uma rede hidrográfica, e que as condições impróprias para habitação, reúnem populações excluídas, carentes de infraestrutura de serviços de saúde,segurança, transporte, educação e planejamento urbano.
Em sua justificativa, a mestranda procurou levantar determinadas questões relacionadas à área de estudo, inclusive,a quantidade de setores censitários estabelecidos pelo IBGE, e o por que do surgimento dos aglomerados subnormais, assim, como os fatores condicionantes para as aglomerações e os tipos de doenças que ocorrem na população delimitada pela Bacia Hidrográfica do Gigante.
Em suas considerações finais, a mestranda constata em sua pesquisa o avanço de aglomerados subnormais, com uma tendência crescente nas cidades brasileiras, como sendo reflexo das favelas em expansão. Em Manaus, verificou-se que apenas 13 bairros não possuem aglomerados, em um universo de 63 bairros pesquisados, e que a expansão dos mesmos se irradia em toda cidade, especialmente nas zonas Leste e Norte. A mestranda questiona, ainda, a invisibilidade dos aglomerados para o Estado, por que os mesmos não aparecem nas pesquisas oficiais. E, conclui o estudo, com análises sobre o acesso da população do bairro aos serviços de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS), considerado insuficiente para atender a demanda dos moradores.
A Banca Examinadora foi formada pelos professores Raimundo Nonato Pereira da Silva (PPGAS/UFAM), do professor Marcos Castro de Lima ( PPGEOG/UFAM) e da professora Mírcia Ribeiro Fortes (PPGEOG/UFAM).