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SECOYA celebra 25 anos de luta em defesa do povo Yanomami


Com o título “Jornada pela defesa dos direitos indígenas e pela vida do povo Yanomami”, teve início nessa segunda-feira, 18, a semana de comemorações dos 25 anos da Associação, Serviços e Cooperação com o povo Yanomami (Secoya). A jornada comemorativa começou com amostra de filmes em alusão ao evento no Cine & Vídeo Tarumã da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).


A programação, prosseguiu no hall do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS) da UFAM na tarde desta terça-feira, 19, com o debate sobre o tema “Desafios e ameaças no contexto atual”, com a participação de lideranças indígenas e representantes do CIMI, COIAB, COPIME e FOREEIA.


Em sua fala durante os debates, a representante do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) da Regional Norte I, Adriana Maria Huber Azevedo, disse da sua gratificação em trabalhar com o povo Yanomami, por eles pensarem fora do contexto do mundo capitalista, negando esse modelo de acumulação por meio do convívio com a natureza.


Adriana ressaltou em seu discurso a criação do Cimi em 1972, com o objetivo de garantir os direitos tradicionais dos índios. Parabenizou também o povo Yanomami por suas lutas em favor da demarcação de sua terras e de lutar para viver de acordo com a sua cultura. E, por último, alertou para a situação crítica que o país atravessa que passa também pela questão indígena, na medida em que seus direitos são ameaçados pelo governo, com extinção de reservas florestais e da exploração de minérios em terras indígenas.


De acordo com Carlito, líder indígena e membro da comissão Kurikama, do município de Santa Izabel do Rio Negro, a fundação da Secoya surgiu para lutar pelo direitos dos índios, principalmente, no tocante a questão da saúde e educação. Denunciou as dificuldades que eles enfrentam quanto a esses atendimentos básicos, na qual, tudo falta desde remédios a atendimento médico. Ele justificou a criação da Associação Yanomami Kurikama , em 2013 para lutar pelos direitos dos índios junto aos poderes públicos. “ A Associação Kurikama foi criada para defender os costumes, a floresta e a terra dos povos indígenas e dos Yanomami. Estamos querendo unir a força dos Yanomami com outras organizações indígenas para que juntos termos força política para lutar pelos nossos direitos”, esclareceu.



Sobre a Secoya



Desde 1991, a Secoya atua junto ao povo Yanomami em diversas áreas temáticas, principalmente, na educação escolar indígena diferenciada e educação em saúde. Atua também na formação de professores e agentes de saúde, capacitando-os para trabalhar na comunidade. Além disso, capacitam lideranças políticas e multiplicadores intelectuais para favorecer a luta consciente e esclarecida perante os poderes constituídos.


A programação da celebração segue até sexta-feira, 22, com atividades em diversos locais da cidade, culminando o seu encerramento em um Ato Público no Largo de São Sebastião, às 16h.


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