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PPGGEO apresenta pesquisa sobre “Chuvas extremas e seus impactos socioambientais no espaço urbano de


A defesa da dissertação “Chuvas extremas e seus impactos socioambientais no espaço urbano de Manaus (AM): 1986 a 2015”, da mestranda Miriliane Judite dos Santos Fernandes, do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGEO), sob a orientação do professor Dr. Antonio Fábio Sabbá Guimarães Vieira, aconteceu no último dia 07 de agosto, às 14h, na sala de Audiovisual do Departamento de Geografia.


A pesquisa objetivou analisar os índices de chuvas extremas e a erosividade da cidade de Manaus (AM) no período de 1986 a 2015. Para tanto, foi feita a caracterização das variações pluviométricas (mensais e anuais) e normal climatológica da cidade de Manaus, a especificação dos padrões anômalos para o período, a identificação dos índices de erosividade da chuva a partir dos dados pluviométricos e a descrição dos impactos socioambientais associados aos eventos extremos de chuva. Foram considerados eventos extremos de chuva somente aqueles que ultrapassaram 50 mm diários de precipitação.


Nessa pesquisa foi utilizada uma série histórica temporal de precipitação diária e mensal do período de 1986 a 2015 da estação di INMET. Através da tabulação desses dados foi possível gerar gráficos e identificar os eventos anômalos e através da equação de Founier (1956) foi possível identificar os índices de erosividade da chuva neste período.


No que se referem à caracterização dos impactos causados pelos eventos extremos na cidade de Manaus a fonte utilizada foi através de reportagens do Jornal impresso “Acritica”.


Segundo a pesquisadora, entre os resultados obtidos, foi possível identificar que a média dos últimos 30 anos de variação pluviométrica anual foi de 2.329,4mm, com destaque para o ano mais chuvoso em 2008 com total de 3.157,1mm e o ano de 2015 considerado menos chuvoso desse período com total de 1.735, 7mm. Notou-se o aumento de eventos anômalos nas últimas décadas chegando-se ao registro de 23 meses com episódios anômalos na última década estudada (2006 a 2015).

No tocante às estimativas dos índices de erosividade das chuvas, a mestranda afirma que foi possível identificar que os índices de erosividade mensais e anuais são baixos para causar impacto na cidade. Notou-se que nesses últimos 30 anos ocorreram 82 eventos extremos, com 16 anos sob a influência dos fenômenos La Niña e El Niño e 14 sem a influência dos fenômenos. Os principais impactos causados estavam relacionados a alagações e enchentes, deslizamento de terra, desabamento de casas e alguns casos com vítimas de afogamento.


Compuseram a banca examinadora os docentes Antônio Fábio Sabbá Guimarães Vieira (presidente), Helder Manuel da Costa Santos (membro) e Jaci Maria Bilhalva Saraiva (membro).


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