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Exposições afro-brasileiras e africanas são temas do 2° dia do Seminário do Programa Nossa África


O I Seminário do Programa Nossa África teve prosseguimento nesta quarta-feira (24), no auditório Rio Solimões do IFCHS, a partir das 8h30, com apresentações de alunos e professores com temas alusivos às questões africanas e afro-americanas, tendo como mediadoras as professoras do Departamento de História da Ufam.


Na primeira abordagem do dia, o aluno Pedro José Seixas dos Santos dissertou sobre o tema “Das produções intelectuais do século XIX e XX, as novas diretrizes: problemas e perspectivas étnico-raciais”, na qual levantou questionamentos a respeito da luta pela igualdade racial, aprovada pelo Conselho Nacional de Educação, em 2004, que traçou as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnico-Raciais e para o Ensino Médio de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Com isso, abriu-se novas perspectivas para se abordar a temática étnica-racial nas salas de aula, para que se possa desconstruir a memória social que forma a identidade do povo brasileiro, fazendo com que nossos cidadãos percebam e respeitem a diversidade cultural de nosso país e a contribuição da cultura afro para a sua construção.


“Uma reflexão sobre o início da escravidão negra nas Américas, a partir do olhar historiográfico hispano-americano no século XX”, foi o título defendido pela aluna Girlane Santos da Silva, na segunda intervenção do dia. Em sua exposição, ela fala de uma produção historiográfica questionadora voltada para a “Visão dos vencidos”, a partir da segunda metade do século XX, originados de viajantes, de crônicas e cartas de soldados e capitães, como também de documentos administrativos e escritos pelos evangelizadores.


Sobre a presença negra nas Américas, esclarece que os primeiros contingentes faziam parte da tripulação, na chegada dos primeiros conquistadores e que, somente em 1501, a coroa espanhola iniciava sua preocupação com a introdução da escravidão na América, diante da proibição de se escravizar judeu, mouros e novos convertidos. Segundo a estudante, o fim da escravidão teve a influência da lei de Las Siete, código que estruturava o funcionamento da escravidão, com o objetivo e assegurar os direitos concedidos aos escravos, conforme os mandamentos de Deus.


Por fim, Girlane relata que coube ao Chile ser o primeiro país latino-americano, no dia 24 de julho de 1823, por iniciativa de José Manuel Infante, a promulgar a lei que aboliu a escravidão no país. No ano de 1856,foi a vez do Perú, e por último o Brasil no ano de 1888, por meio da Lei Áurea.


A programação do dia foi finalizada com atividades culturais com apresentações dos Grupos "Vozes do Cativeiro" e "Cultural Malunga Dudu".


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